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Para ser um bom produtor de TV





Por Daucyana Castro

Muita gente me procura pra pegar dicas sobre produção em TV. Algumas delas eu ministrava quando era instrutora do curso de Apresentação de Telejornal do Senac. Não dou mais o curso. Então aqui vai uma amostra grátis. Este artigo é específico pra estudantes e profissionais da área que querem se aperfeiçoar em produção.

A prerrogativa para ser um bom produtor é ser curioso, rápido e questionador, perguntador. A gente não se conforma com o primeiro não. Não deu certo com um entrevistado, tenta-se outro que possa falar do mesmo assunto, não deu por um lado, tenta-se pelo outro. A gente só desiste depois de esgotadas todas as possibilidades. Ser um bom produtor é descobrir a notícia primeiro que os outros, primeiro que a concorrente. Você precisa ser rápido. As vezes o produtor iniciante fica muito parado esperando por algo...é preciso tem que tomar a iniciativa. Tudo ao seu redor pode virar um assunto de pauta, tudo. É preciso estar esperto.


1) Em primeiro lugar a ronda. A ronda via telefone é essencial. Quando você liga pros órgãos principais (PRF, IBAMA, MP, etc) você questiona se tem novidades, algum assunto que pode virar uma matéria pra televisão. Não é só delegacias, é fuçar nos órgãos, as vezes vc não consegue no dia mas consegue pra outros dias. O que é que rende pauta? Toda e qualquer informação que interessa ao público, tudo aquilo que afeta a vida da pessoa: aumento de preço, rua esburacada, ilegalidade, tudo ao redor.

2) Ficar atento aos telefones. Muitas vezes boas sugestões de pauta chegam por telefone, um denunciante tem algo interessante pra falar.

3) Ficar atento aos telejornais locais e nacionais. Um assunto muitas vezes merece desdobramentos, vc continua falando do assunto mas sempre com um fato novo, acompanhar o desenrolar da história. Muitas pautas que a gente vê em rede nacional podem ser aproveitadas no local. Lembra do incêndio da boate kiss? Imediatamente no maranhão no dia seguinte todo mundo correu atrás pra saber da situação do MA em relação a boates. Quantas boates tinham no estado, na capital? Quantas tinham saídas de emergências e por ai vai. Outro exemplo: se um dia a gente faz a morte de um taxista, pode-se pensar em repercutir isso em outros dias, no dia seguinte tentar um vt de insegurança dos taxistas, um vt de balanço de ocorrências de taxistas. Tem que ficar ligado. Se você passa por uma rua e vê um monte de carro estacionado em local irregular, se tem ônibus parando fora da cidade, tudo isso é pauta.

4) Na hora da marcação tem que ter mais agilidade, se um entrevistado te diz não, qual seria outra pessoa que poderia falar? Quando te derem uma pauta vc tem em média uma hora pra marcar, tentou dois ou três entrevistados, se não conseguiu de jeito nenhum corre atrás de outra pauta. No jornalismo é tudo assim , muito agoniado. Então tem que ter agilidade e rapidez. 


5) Atenção redobrada com deslocamentos, principalmente na hora das marcações de pauta. Temos que levar em consideração, a distância, o trânsito, a chegada da equipe, a descida dos equipamentos e por aí vai. Se a pauta for em locais muito distantes o tempo de marcação entre uma sonora e outra deve ser ainda maior.

6) O repórter não pode ter dúvidas a respeito do assunto da pauta. Na externa, o repórter não tem tempo de apurar todas as informações. Ele precisa receber a pauta mastigada, com todas as informações, pra ele somente checar. A pauta tem que vir produzida e detalhada. Nem todo mundo sabe de lei, de economia, de esporte, de regras, de comportamento, então o texto de apoio é importante para clarear as ideias. Separar a pauta em ABORDAGEM E INFORMAÇÕES.

Na abordagem você vai orientar o repórter sobre como vai desenvolver a pauta, o que vai ser perguntado, feito, como a matéria deve ser direcionada. E nas Informações todo o conteúdo referente aquele assunto. 


E em caso de dúvida, pergunte, pergunte, pergunte!!!!

Comentários

Anônimo disse…
(WANDERSON RICARDO) MUITO BOAS DICAS!!!

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